Tanto pode que, a partir do ano que
vem, o tema torna-se assunto obrigatório nas salas de aula do país. A decisão
está na Base Nacional Comum Curricular, de 2017, que prevê o ensino de educação
financeira aos estudantes do infantil e do fundamental. Com isso, cabe a cada
instituição inserir o tema dentro das disciplinas já existentes na grade
curricular, sem a necessidade da criação de uma matéria para isso.
Os alunos das turmas infantil 4 e 5 do Pensi Lobinho, em
Icaraí, tiveram contato com o assunto este ano, quando educação financeira
virou disciplina vivenciada por eles três vezes por semana. De forma lúdica e
sem compromisso em explicar o real valor do dinheiro, as aulas têm o objetivo
de transmitir consciência sobre consumo.
A educação financeira é uma ferramenta que, se aplicada
desde cedo, pode ser fundamental na construção de uma base equilibrada na
relação com o dinheiro na vida adulta — aponta a coordenadora de educação
infantil da escola, Marcia Pontes.
Para que a matéria não seja maçante, já que é ministrada
a crianças de 4 e 5 anos, as lições são em forma de brincadeira. Ao longo do
ano, foi proposto que os estudantes guardassem moedas num cofrinho para que no
próximo mês decidissem o que desejavam comprar com o que economizaram. O
objetivo é transmitir a ideia da necessidade de planejamento a longo prazo.
A preocupação em formar jovens para saber lidar com o
dinheiro também passa pelo Instituto Jelson da Costa Antunes (IJCA), no
Baldeador, que oferece bolsas para curso de educação profissional a jovens de
18 a 23 anos. Em aulas em que são tratados temas como educação para o consumo,
os alunos aprendem a fazer planilhas, acompanhar gastos e estabelecer metas de
consumo.
Fonte: O
Globo
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