Nessa conjuntura, o estudioso Rodrigo Cézar Limeira
pontua que em 2019, todo o semiárido do Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará e porção central do Piauí, terão chuvas
irregulares e mal distribuídas, a exemplo do que ocorreu no último evento de El
Niño, observado nos anos de 2015 e 2016.
O estudioso pontua 2019 como um ano de perdas nas
lavouras em praticamente todos os municípios do semiárido, incluindo o interior
da Paraíba.
As chuvas terão grande má distribuição espacial e
temporal próximo ano, isso significa dizer que em determinado mês poderá chover
acima da média no interior do semiárido, mas no mês seguinte poderá chover bem
abaixo da média, fato que vai prejudicar as lavouras, principalmente de milho.
Em anos de El Niño costumam ocorrer verânicos significativos
no semiárido. Passar 15 e até 20 dias seguidos sem chover, isso atrapalha o
desenvolvimento das culturas agricolas.
Em anos de El Niño é frequente ocorrer as chamadas chuvas
de manga, ou chuvas muito localizadas.
O fato de chover de forma muito irregular em anos de El
Niño em grande parte do semiárido brasileiro, deve-se ao fato de um ramo
descendente da célula de Circulação de Walker ficar sobre o norte do Nordeste,
isso contribui para a atuação de uma alta pressão persistente na região,
inibindo a convecção e tornando as chuvas mal distribuídas.
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