"Diante dessa realidade lamentável, o Ministério da
Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa
Mais Médicos", anunciou o governo cubano, em nota publicada na imprensa
estatal.
Havana disse já ter informado o governo
brasileiro. A decisão significa que os milhares de médicos cubanos
que trabalham no Brasil dentro do programa deverão retornar à ilha.
Ao justificar sua saída do Mais Médicos, Cuba disse que a
equipe de Bolsonaro pôs em questão a preparação dos médicos cubanos,
condicionou a permanência deles à validação do diploma e colocou como única via
a contratação individual.
"Não é aceitável que se questione a dignidade,
profissionalismo e altruísmo dos colaboradores cubanos", diz a
nota. "Os povos da Nossa América e do resto do mundo sabem que sempre
poderão contar com a vocação humanista e solidária dos nossos
profissionais."
"O povo brasileiro, que fez do Programa Mais Médicos
uma conquista social, que confiou desde o primeiro momento nos médicos cubanos,
aprecia suas virtudes e agradece o respeito, sensibilidade e profissionalismo
com que foi atendido, vai compreender sobre quem cai a responsabilidade de que
nossos médicos não podem continuar prestando seu apoio solidário no país",
afirmou o Ministério da Saúde Pública de Cuba.
Após a repercussão da saída de Cuba do programa,
Bolsonaro usou o Twitter para se manifestar.
Fonte: Carta Capital
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