Coube a ele o privilégio de fazer o pronunciamento final
do evento, honra que normalmente cabe à autoridade máxima presente. Bolsonaro,
no entanto, limitou-se a ouvir em silêncio o seu auxiliar apresentar em cores
fortes, e sem retoques, o figurino que pretende impor ao Brasil. Defendeu
a “privatização acelerada”, o fim da “Bolsa-Empresário”, a redução de juros e a
simplificação dos impostos.
Em contrapartida, acenou com a garantia de mais
dinheiro para os governos estaduais, ressaltando que o objetivo é
“descentralizar o recurso” e colocar “o dinheiro onde o povo está”. Condicionou
tal descentralização à ajuda dos governadores na aprovação das reformas
administrativa e da Previdência e de outras medidas econômicas que serão
submetidas ao Congresso.
“Somos prisioneiros da social democracia, estamos presos
a ela há 30 anos”, resumiu, apontando no governo Sarney (1985/90) o início do
ciclo de centro-esquerda. Conforme o economista, o caminho pretendido é o mesmo
que “vários países já fizeram” e passa pela “regulamentação amistosa dos
negócios”, pela redução dos impostos e da burocracia.
“Um ano e meio de sacrifício e acabou”, sustentou. “Se
vocês apoiam as medidas de reforma do Estado, essa descentralização é rápida.
Se vocês não apoiarem, ela é lenta. Sofre todo mundo mais tempo. Está nas mãos
da classe política. Se a classe política fizer a reforma aceleradamente, o
recurso é descentralizado rapidamente. Se fizer devagar, o recurso é
descentralizado devagar. O desafio é comum”.
Governadores deixaram a reunião certos de que os planos de privatização de Paulo Guedes vão bem além do que se tem noticiado – sobretudo, investimentos e concessões na área de infraestrutura – e podem abranger todos os campos de atividade, incluindo saúde e educação. Isso ficou mais claro na parte em que ele respondeu a perguntas dos governadores. “A mensagem é: quem não quiser acompanhar o liberalismo, a gente dá voucher”, relatou uma autoridade presente no encontro. “Ouvi da boca dele: ‘Para os que não conseguirem acompanhar, que não tiverem igualdade de oportunidade, voucher. Voucher saúde, voucher educação’”, contou.
Governadores deixaram a reunião certos de que os planos de privatização de Paulo Guedes vão bem além do que se tem noticiado – sobretudo, investimentos e concessões na área de infraestrutura – e podem abranger todos os campos de atividade, incluindo saúde e educação. Isso ficou mais claro na parte em que ele respondeu a perguntas dos governadores. “A mensagem é: quem não quiser acompanhar o liberalismo, a gente dá voucher”, relatou uma autoridade presente no encontro. “Ouvi da boca dele: ‘Para os que não conseguirem acompanhar, que não tiverem igualdade de oportunidade, voucher. Voucher saúde, voucher educação’”, contou.
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