O presidente Michel Temer sancionou nesta 2ª feira
(26.nov.2018) o reajuste
de 16,38% no salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal), que eleva para R$ 39.293 o teto do funcionalismo público. Atualmente,
o salário é de R$ 33.763.
Em troca, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux revogou
o auxílio-moradia para juízes (leia a
decisão). Com isso, o Judiciário afirma que não haverá gastos extras para o
Orçamento.
O reajuste pode, porém, provocar um “efeito cascata” nas
contas públicas, já que o salário dos ministros do STF é o valor de referência
para o teto salarial do funcionalismo público.
Nos cálculos do relator do projeto, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), a
conta extra nas contas públicas pode chegar a R$ 6 bilhões por ano.
Segundo dados da comissão de Orçamento, a União gasta cerca de R$ 450
milhões com auxílio-moradia para juízes e integrantes do Ministério Público.
Não há estimativa de quanto isso custa para Estados e cidades.
Temer tinha até 4ª (28.nov) para sancionar ou vetar o aumento, aprovado
pelo Senado em 7 de novembro. O emedebista era pressionado pelo Judiciário.
O auxílio moradia, atualmente em R$ 4,3 mil mensais, foi garantido a
todos os juízes do Brasil por meio de liminares (decisões provisórias)
concedidas por Fux em 2014. O ministro é o relator de ações que tratam do
auxílio-moradia.
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