Entre os alvos estão nomes conhecidos como os atuais
senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Aécio Neves (PSDB-MG). Presidente do PT,
Gleisi é alvo na Lava Jato enquanto Aécio, ex-presidente do PSDB, é réu por
corrupção na delação da J&F. Ambos conquistaram uma cadeira na Câmara.
Aécio diz que “provará na Justiça que foi alvo de uma ação premeditada por
criminosos confessos de mais de 200 crimes”. Gleisi não quis se manifestar.
Além de tucanos e petistas, há ainda integrantes do PSL,
o partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e de outras 21 legendas –
apenas seis partidos não elegeram pessoas investigadas ou acusadas na Justiça.
Ao todo, os parlamentares respondem a 540 acusações (379 contra deputados e 161
contra senadores), das quais 334 são por improbidade – 263 de deputados e 71
casos envolvendo senadores. Entre os crimes, as acusações mais comuns são as de
lavagem de dinheiro (34), corrupção (29) e crimes eleitorais (16).
O partido com maior numero de envolvidos é o PT. Trinta
de seus 62 eleitos são investigados ou réus. A ex-prefeita de Fortaleza
Luizianne Lins é uma das recordistas. Ela é alvo de processos por improbidade
na Justiça do Ceará e no STJ. Sua defesa alega inocência. Proporcionalmente, o
MDB é quem tem mais parlamentares enredados com a Justiça. São 16 deputados e
oito senadores ou 52% da bancada no Congresso ante 48% do PT. Entre os
atingidos está o líder do partido, o deputado Baleia Rossi (SP), alvo de uma
ação por improbidade administrativa. Sua assessoria não respondeu.
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