Senador mais votado no Rio de Janeiro (superou a marca de
4,3 milhões de votos) e filho do presidente eleito, Flávio Bolsonaro está
fadado a ser um dos principais protagonistas da Casa nos próximos anos. E ele
já vinha desempenhando esse papel de destaque em declarações feitas poucos dias
antes das notícias que atingiram em cheio seu ex-assessor, ao dizer, por
exemplo, que o senador
Renan Calheiros (MDB-AL) não teria o apoio do novo governo no
seu pleito de presidir novamente o Senado por não representar "a nova
forma de fazer política."
A situação mudou com a divulgação, na semana passada pelo
jornal O Estado de S.Paulo, de informações de um relatório do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostrou transações atípicas do
policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, que trabalhou por mais de 10
anos para Flávio Bolsonaro e esteve lotado em seu gabinete na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Nessas transações, foi identificado um
cheque no valor de 24.000 reais para a futura
primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A avaliação nesta semana, tanto entre senadores
opositores quanto aliados, é que Flávio Bolsonaro estreará no Senado exposto e
fragilizado. "Ele chega absolutamente desgastado, o caso expõe a família
inteira", diz um futuro adversário. O diagnóstico é semelhante ao dado por
um senador de um partido que deve apoiar Bolsonaro no Senado: "Ele vai
ficar com essa espada na cabeça", relata.
O enfraquecimento de Flávio tem reflexos na disputa pela
presidência do Senado que ocorrerá em 1º de fevereiro. O governo de transição
tem insistido aos senadores que não aceita o retorno de Renan Calheiros ao
comando do Congresso Nacional e passou a articular a candidatura de uma
alternativa. Hoje, o nome mais forte para enfrentar o emedebista é o do tucano
Tasso Jereissati (CE).
O veto de Bolsonaro a Calheiros ficou evidente nesta terça-feira, quando o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), participou de um almoço com senadores do PSDB justamente no gabinete de Jereissati. Segundo pessoas que estiveram presentes, Lorenzoni argumentou que a vitória de Bolsonaro nas urnas representou a derrota dos partidos políticos, da mídia e do sistema de financiamento atual; e que, nesse sentido, o resultado da eleição para a presidência do Senado "não pode ser uma mensagem diametralmente oposta ao recado das urnas."
O veto de Bolsonaro a Calheiros ficou evidente nesta terça-feira, quando o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), participou de um almoço com senadores do PSDB justamente no gabinete de Jereissati. Segundo pessoas que estiveram presentes, Lorenzoni argumentou que a vitória de Bolsonaro nas urnas representou a derrota dos partidos políticos, da mídia e do sistema de financiamento atual; e que, nesse sentido, o resultado da eleição para a presidência do Senado "não pode ser uma mensagem diametralmente oposta ao recado das urnas."
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