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Cristovam dá adeus ao Senado: “‘General-eleitor’ me mandou para nova trincheira”.

No Senado desde 2004, Cristovam Buarque (PPS-DF) fez um discurso em plenário a que não chamou de despedida. Sem ter conseguido a reeleição em outubro passado, ele disse entender que o "general-eleitor" agora o quer em outra "trincheira", mas que isso não significa afastamento imediato do Parlamento ou de suas causas públicas. Do alto da tribuna, emocionou-se e reafirmou aquela que foi sua principal bandeira como homem público, a federalização da educação pública (veja AQUI vídeo e alguns dados sobre o senador).

"[...] a prioridade maior – a mãe de tudo o que a gente deseja, o sonho pai dos sonhos – é a educação de excelência. Excelência distribuída igualmente e, tecnicamente, acho que o caminho é a federalização. Por isso, em vez de despedida, nem até logo eu digo. Continuo tentando – nem acredito que vou conseguir ver tudo isso ao longo da minha vida, até porque meu propósito de federalização da educação leva 30 anos para ser executado se começar hoje", discursou Cristovam na sessão plenária desta quinta-feira (13).

Ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação no governo Lula, Cristovam falou ao Congresso em Foco tão logo deixou aquela que pode ter sido sua última sessão plenária como senador. Em poucos segundos, reiterou o que disse sobre não ser esta uma despedida do Congresso e recordou, quase que em uma frase apenas, por que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) na fatídica votação de 31 de agosto de 2016, no mesmo palco das decisões senatoriais.

"Para mim, o Senado é apenas uma trincheira de uma luta que eu tenho desde a adolescência, por um Brasil melhor e mais justo. Estive nesta trincheira e o 'general-eleitor' me mandou para nova trincheira. Vou para essa nova trincheira e continuar na luta", disse o senador, em seguida recordando o voto contra Dilma – decisão que lhe custou a decepção e mesmo a ira de militantes e correligionários de esquerda.

"Votei com minha consciência. Tristemente, mas com minha consciência", acrescentou Cristovam, explicando – como tem feito recorrentemente – que pelo menos dois antes dos rumores sobre impeachment ele já falava sobre a "irresponsabilidade fiscal" do governo petista.

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