Em 16 de outubro, a Polícia Federal (PF) informou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) ter
encontrado indicios de que Temer e mais dez pessoas integraram um suposto esquema para
favorecer empresas específicas na edição de um decreto sobre o setor portuário.
Após a divulgação do pedido de Dodge, o presidente Michel
Temer afirmou, por meio de nota, que "provará, nos autos judiciais, que
não houve nenhuma irregularidade no decreto dos portos, nem benefício ilícito a
nenhuma empresa".
Na denúncia apresentada nesta quarta, de 72 páginas,
Dodge pede que Temer seja condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem
de dinheiro.
A procuradora denunciou outras cinco pessoas por
corrupção ativa e passiva e lavagem, entre elas, o ex-assessor especial da
Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures. A procuradora também pede a
condenação do amigo do presidente, o coronel aposentado da Polícia Militar João
Baptista Lima Filho.
A PGR pede que todos sejam condenados a pagar uma
indenização por danos morais de R$ 32.615.008,47, soma dos valores desviados.
Trata-se da terceira denúncia apresentada contra Temer no
exercício do mandato de presidente. Outras duas foram suspensas por decisão da
Câmara dos Deputados, a que acusou ele de organização criminosa para desviar
dinheiro de estatais e a denúncia na qual foi acusado de desvio no caso da mala
de R$ 500 mil recebida por um assessor de executivo da JBS.
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