Olho D'água do Borges/RN -

Suspeita de propina de 110 milhões de reais coloca Aécio Neves, Jose Agripino e outros senadores na mira da PF

Passadas as eleições, o cerco se fecha contra Aécio Neves (PSDB-MG) e os partidos da base aliada do consórcio Temer-PSDB. Na manhã desta terça, 11, a Polícia Federal vasculhou imóveis do senador e da irmã, Andrea, no Rio e em Minas Gerais. Também houve buscas em endereços de Paulinho da Força (SD-SP). Antonio Anastasia (PSDB-MG), José Agripino Maia (DEM) e os deputados Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB) também são investigados no caso.

A devassa é parte da operação Ross e foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello (STF) a pedidos da procuradora-geral da União, Raquel Dodge, com base em delações de executivos da J&F – a holding que controla a empresa JBS.

De acordo com a PF, o grupo repassou ao senador 110 milhões de reais em propina entre 2014 e 2017. Empresários teriam contribuído com o esquema, por meio de caixa 2 e notas frias.

Desse total, diz a PF que 15 milhões de reais teriam sido usados por Aécio para comprar o apoio do Solidariedade (SD), partido de Paulinho da Força, nas eleições de 2014. Outros 20 milhões teriam pago o suporte do PTB, além de outros partidos.

Naquele ano, o líder sindical declarou o apoio ‘pessoal’ a Aécio já em janeiro, prometendo compromisso do Solidariedade e das centrais sindicais ao partido na campanha. Nas eleições de 2010, o apoio apaixonado era de Dilma.

Cortina de fumaça
Chama atenção a discrição dessas ações. Diferente de outras conduções e buscas, não houve qualquer espetáculo midiático: a polícia chegou aos imóveis em carros descaracterizados, por volta das seis da manhã, e saiu carregando malotes.


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