Salles, que já foi
secretário particular do ex-presidenciável Geraldo Alckmin e ocupou também a
pasta de Meio Ambiente de São Paulo durante o Governo do tucano, vinha sendo
citado há dias como nome para o cargo.
O futuro ministro é alvo de ação de
improbidade administrativa, acusado de manipular mapas de manejo ambiental do
rio Tietê, e, durante a campanha eleitoral deste ano, chegou a sugerir o uso de
munição de fuzil contra a esquerda e o MST.
A escolha de Salles joga mais combustível nas
controvérsias que envolvem um setor crucial para o Governo Bolsonaro, crítico
do que chama de "exageros" na legislação ambiental. As decisões já
sob influência da futura gestão, como retirada da candidatura do Brasil para
sediar a próxima Conferência sobre as Mudanças Climáticas da ONU no ano
que vem, a COP25, atraem holofotes tanto nacionais como internacionais
para o setor.
Após vencer as eleições, Bolsonaro chegou a anunciar que fundiria
os ministérios da Agricultura (que será comandado a partir do ano que vem pela
deputada ruralista Tereza Cristina) e do Meio Ambiente, uma ação para reduzir a
máquina pública, mas que também, segundo os críticos, poderia esvaziar a pasta
que hoje controla o Ibama e o ICMbio, órgãos fiscalizadores.
Durante a
campanha, o então candidato e seus emissários fizeram várias críticas ao que
chamam de “indústria da multa” desses órgãos. Bolsonaro chegou a defender a
necessidade de "tirar o Estado do cangote de quem produz”. No entanto,
a reação
negativa de setores exportadores e ambientalistas fizeram o
presidente recuar da proposta. Bolsonaro decidiu apenas reformular o Ministério
do Meio Ambiente e reduzir alguns cargos.
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