Mas, mais do que isso, apontaram surpresa com o pedido
feito por Flavio Bolsonaro, uma vez que ele não é investigado – apenas citado
no inquérito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que
apontou movimentação atípica de Queiroz.
O ministro Fux atendeu a um pedido do senador eleito que,
por ter foro privilegiado, quer que o caso seja julgado pelo Supremo Tribunal
Federal. Queiroz não tem foro.
Quem vai decidir sobre o caso é o ministro Marco Aurélio
Mello, relator, mas a discussão pode acabar na Primeira Turma da Corte, por se
tratar de um senador.
Um dos ministros da Corte ouvidos pelo blog afirmou
considerar o pedido do Flávio Bolsonaro um “erro”, porque agora a questão será
avaliada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Na avaliação desde ministro, a procuradora será obrigada
a pedir a ampliação da investigação, porque os fatos também envolvem o
presidente Jair Bolsonaro. Para ele, era melhor para a família o caso seguir na
primeira instância, onde há uma limitação para ampliar o escopo por conta do
foro privilegiado.
Esse ministro considera que Raquel Dodge terá de pedir
para analisar a questão dos depósitos na conta de Michele Bolsonaro. Jair
Bolsonaro disse que o dinheiro se refere ao pagamento de uma dívida de Queiroz.
Pela Constituição, o presidente não pode ser processado por fatos anteriores ao
mandato, mas pode ser investigado.
A avaliação é que o ministro Marco Aurélio, que é o
relator, vai instigar essa ampliação da investigação.
Fonte: G1
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