A febre do Rift Valley também pode ser transmitida pelo
Cúlex, o mosquito doméstico, e até o momento a circulação do vírus se restringe
ao continente africano e ao Oriente Médio.
Mas, segundo o infectologista Artur Timermann, presidente
da Sociedade Brasileira de Arborivores (SBA), existe risco de a doença chegar
ao Brasil.
Atualmente, a febre do Vale do Rift ocorre principalmente
na pecuária da África subsaariana, onde em 90% dos casos leva ao aborto
espontâneo do rebanho contaminado. Há casos também em humanos. Os sintomas
lembram uma gripe, além de gerar graves problemas ao fígado.
No ano 2000, a doença infectou mais de 100 mil pessoas na
Arábia Saudita, levando ao menos a 700 mortes, segundo o jornal
norte-americano The New
York Times.
Como se trata de um vírus transmitido por um mosquito
também disseminado em outros continentes, como Américas e Europa, existe uma
preocupação de que ele se expanda rapidamente, de acordo com o jornal.
Não há vacina ou tratamento para a febre do Vale do Rift.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a doença como de grande potencial
de emergência de saúde pública, segundo o jornal.
Como os sintomas da doença são inespecíficos, muitos
casos de anomalias e de natimortos podem não ter sido notificados, segundo
o The New York Times.
No estudo com camundongos, 65% dos filhotes nascidos de
mães infectadas morreram. Cada mãe infectada perdeu ao menos um filhote e todos
os filhos das mães infectadas contraíram o vírus.
Camundongos prenhes também foram mais suscetíveis à morte
por febre do Vale do Rift do que animais não prenhes.
Para os pesquisadores, o mais surpreendente foi que as
placentas de mães infectadas abrigaram mais vírus do que qualquer outro tecido
do corpo, até mesmo que o fígado, onde o vírus costuma causar danos.
Testes em tecido placentário humano mostraram que,
diferentemente do vírus zika, o vírus da febre do Vale do Rift tem uma
capacidade única de infectar a camada de células da placenta por onde
nutrientes fluem, de acordo com o estudo.
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