A categoria afirma que, no início do ano, apresentou ao
Governo do Estado algumas demandas e esperava uma resposta concreta, o que não
aconteceu. Ao contrário disso, os Agentes vêm sofrendo perseguições e assédio
moral.
“Nós esperávamos que Governo apresentasse algumas medidas
para quitar os salários atrasados e, principalmente, para atender pauta que foi
apresentada pela categoria para amenizar a situação financeira dos Agentes
Penitenciários”, explica Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.
De acordo com ela, os Agentes Penitenciários estão em
condições precárias devido aos constantes atrasos salariais e, inclusive, o
Sindicato precisou fazer uma campanha de arrecadação de alimentos e doações.
“A categoria continua sem condições de trabalho. Das
medidas apresentadas, como disponibilização de vans para transporte dos
servidores para as unidades e flexibilização das escalas, todas foram
ignoradas. Passaram-se 30 dias e a Sejuc nem mesmo recebeu o Sindicato para
discutir a situação”, comenta.
A presidente do sindicato acusa o Estado de atuar com
autoritarismo e de perseguir os Agentes Penitenciários. “Ao contrário de
atender demandas apresentadas, a Sejuc tem perseguido os servidores, praticado
assédio moral e realizado transferências como forma de punição, bem como
publicado portarias aumentando a sobrecarga de trabalho, que já é degradante e
sacrificante ao servidor. Em nenhum momento, a Secretaria de Justiça tem se
preocupado com a situação financeira”, avalia Vilma Batista.
Por esse motivo, os Agentes Penitenciários decidiram que,
a partir de terça-feira, dia 19, vão realizar a Operação Padrão, na qual apenas
procedimentos essenciais são realizados nas unidades prisionais, como
fornecimento de alimentação, urgências médicas, e cumprimento de alvará, de
acordo com a Lei de Execuções Penais.
“Não podemos continuar atuando normalmente como se nada
estivessem acontecendo. A deflagração da Operação Padrão não é apenas pela
cobrança dos salários atrasados, é também para exigir que o Governo do Estado
trate o trabalhador com consideração e, principalmente, que respeite a
dignidade humana desses profissionais “, finaliza.
Fonte: Heitor Gregório.
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