Um assessor de Flávio admitiu em depoimento ao Ministério
Público que transferia dois terços do salário a Queiroz todos os meses. Também
foram divulgadas mensagens nas quais um assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, cobrava a devolução de verbas a uma
candidata que recebeu fundos partidários às vésperas da eleição. Além disso,
duas candidatas do PSL teriam recebido expressivos repasses para produzir
milhões de panfletos pouco antes do pleito.
As novas descobertas, que começam a
fechar o cerco ao PSL na crise das candidaturas laranjas, trazem mais
complicações ao presidente, que nas últimas semanas vem tentando se descolar de
uma série de escândalos envolvendo seus correligionários.
No centro da crise, estão as fortes suspeitas de um
esquema de desvio de recursos públicos destinados ao PSL, partido de Bolsonaro.
Parte dessa verba teria sido destinada a candidaturas de fachada por dirigentes
da sigla. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi apontado no
início deste mês pela Folha de São Paulo como
patrocinador do esquema em Minas Gerais, onde foi reeleito deputado federal.
Segundo o jornal, o agora ministro (que dirigia o diretório estadual do PSL)
teria autorizado o repasse da verba partidária a quatro candidatas laranjas
durante a campanha eleitoral, e a verba teria ido parar na conta de empresas
ligadas aos seus assessores na Câmara.
O ministro nega as acusações, mas na última quarta-feira
a ex-candidata a deputada estadual Cleuzenir Barbosa (PSL-MG) apresentou ao
Ministério Público uma mensagem de Whatsapp na
qual um assessor de Álvaro Antônio, Haissander de Paula, cobra a devolução
de verba pública de campanha para destiná-la a uma empresa ligada a outro
assessor do político. Em depoimento, Barbosa contou que foi pressionada a
transferir a metade dos 60.000 reais que havia recebido do partido para a conta
da gráfica de um irmão de Roberto Soares, também assessor do ministro.
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