Em reunião na segunda (25) do Grupo de Lima, formado por
países da América Latina para tentar resolver o conflito da Venezuela, o
vice-presidente dos EUA, Mike Pence, reforçou a ameaça de ação militar de
Trump. "O presidente deixou claro: todas as opções estão sobre a
mesa", afirmou.
Mas Brasil e outros países da América do Sul presentes ao
encontro, na Colômbia, deixaram claro que rejeitam usar tropas para forçar
Maduro a deixar o poder.
"O Brasil acredita firmemente que é possível
devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida
extrema que nos confunda com aquelas nações que serão julgadas pela história
como agressoras, invasoras e violadoras das soberanias nacionais", disse o
vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão.
O que explica essa postura de cautela do Brasil?
Especialistas em relações internacionais e integrantes do
Exército ouvidos pela BBC News Brasil dizem que pesa na decisão o temor de que
uma ação militar liderada pelos Estados Unidos abra precedente para outras
intervenções na região por potências estrangeiras.
O fato de a fronteira do Brasil com a Venezuela ser em
área da Floresta Amazônica acende um alerta adicional, sobretudo entre os
militares.
Também conta na decisão do governo a tradição diplomática
brasileira de não intervir em outros países, sobretudo sem o aval do Conselho
de Segurança das Nações Unidas.
"A não-intervenção sempre foi um pilar da nossa
política externa e militar. É uma questão de Estado, independentemente dos
governo. Isso ainda é mais sensível por se tratar da região amazônica",
disse à BBC News Brasil o general da reserva Eduardo Schneider, que atuou nas
missões de paz da ONU no Haiti e em Angola.
Há, também, o fator econômico. As consequências de uma
guerra são imprevisíveis - se uma intervenção estrangeira na Venezuela gerasse
uma guerra civil, por exemplo, o Brasil poderia ter que manter tropas lá por
anos.
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