Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a ex-candidata
afirmou que o agora ministro do governo de Jair Bolsonaro sabia da operação.
“Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro
para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles”,
afirmou.
Segundo a publicação, Cleuzenir também fez as acusações
na polícia e no Ministério Público, que investigam o caso. Ela afirma ter
sofrido pressão de dois assessores de Álvaro Antônio — Roberto Soares e
Haissander de Paula— para devolver R$ 50 mil dos R$ 60 mil que recebeu do fundo
eleitoral do PSL.
Ela diz ter relatado o caso a pelo menos quatro
assessores de Álvaro Antônio, na época deputado federal e candidato à
reeleição, e ter tentado falar diretamente com ele, mas que nada foi feito. O
ministro foi o deputado mais votado no estado.
As suspeitas são de que o PSL usou dinheiro público em
candidaturas de laranjas, com mulheres que tiveram votação inexpressiva e quase
nenhum sinal efetivo de que tenham realizado campanha.
Em Minas, a verba foi liberada formalmente pelo então
presidente nacional da sigla, Gustavo Bebianno, demitido do cargo de
ministro da Secretaria-Geral da Presidência nesta segunda-feira, 18, em
decorrência da crise política após as revelações do esquema de laranjas.
Parte do dinheiro público foi direcionado a quatro
candidatas do PSL mineiro apenas para preencher a cota feminina de 30% das
candidaturas e de verba eleitoral.
O dinheiro enviado a elas foi parar na conta de empresas
de assessores, parentes ou sócios de ex-assessores do atual ministro do
Turismo.
Segundo a Folha, Cleuzenir, que diz não ter aceitado
integrar o esquema, não foi eleita (teve 2.097 votos) e hoje vive em Portugal
por medo de retaliações por parte dos aliados do hoje ministro.
Fonte: Diário do Poder.
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