"Em média, o valor do botijão está R$ 65 no estado.
Nós estamos estimando um aumento ao consumidor entre R$ 1,50 a R$ 2",
explicou o presidente do sindicato, Fernando Santos. De acordo com ele, os
revendedores vêm reduzindo a margem de lucro desde o final do ano passado para
tentar evitar repassar os reajustes para o consumidor.
Ainda de acordo com ele, o sindicato se posicionou
contrário ao aumento, porque, de acordo com ele, não houve motivação externa,
senão aumento de lucro da Petrobras.
"Não houve aumento de petróleo, não houve aumento de
salário, não houve aumento de imposto. O que houve foi aumento da margem de
lucro da Petrobras, que tem o monopólio nacional, e dolarizou o valor. Quer
dizer, ela diz que é o dólar, mas o dólar está baixando. Defendemos a abertura
desse mercado", declarou.
Francisco Santos também considerou que o reajuste ainda é
mais injusto para os potiguares, que contam com produção no próprio estado.
"60% do gás consumido no Rio Grande do Norte é de Guamaré, da refinaria
Clara Camarão", reforça.
Ele ainda explicou que a diferença nos preços do gás no
estado é reflexo principalmente do frete pago pelos produtos. Enquanto parte
dos botijões são comprados em Guamaré, localizada a menos de 200 quilômetros de
Natal, outra parte dos produtos revendidos vem do Ceará e de Pernambuco.
Segundo a Petrobras, o aumento causará deixará o valor
repassado aos revendedores em R$ 25,33 por unidade, ante R$ 25,07
anteriormente. Francisco Santos diz que o valor repassado fica maior para o
consumidor por causa dos impostos que incidem sobre o produto e transporte.
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