A chegada dos dois textos à Câmara, por onde começarão a
tramitar, marcará apenas o início das discussões no Legislativo. Isso acontece
no momento em que o governo enfrenta sua pior crise, com a iminência de
demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno,
chamado de mentiroso pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente
Jair Bolsonaro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM)-RJ),
estimou na semana passada que a reforma da Previdência deverá ser votada em
cerca de quatro meses. “Se olharmos a tramitação da proposta do ex-presidente
Temer, mais ou menos no mesmo prazo, vai dar ali no início de junho”, calculou
Maia na semana passada em um encontro com o governador do Piauí, Wellington
Dias (PT-PI). Maia tem intensificado a agenda de encontros com governadores
para "construir um consenso", segundo tem declarado.
Para começar a costurar apoios aos projetos, o
presidente Jair Bolsonaro terá
um encontro nesta semana com os parlamentares do PSL e outro com os líderes
partidários da Câmara.
Apesar das vitórias nas primeiras votações do ano, a base
bolsonarista no Legislativo vive problemas internos. O líder do governo na
Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO),
luta contra a desconfiança de colegas do próprio PSL e dos líderes de outras
legendas, alguns dos quais ainda desejam que ele seja substituído.
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