Lá é o lugar que abriga todos os tipos de apadrinhados
políticos. Dos parentes aos agregados.
O TCE/RN vez por outra condena um prefeito de cidade
pequena a devolver alguns trocados aos cofres públicos. E só.
Agora o pretenso órgão auxiliar da Assembleia Legislativa
quer elevar os salários dos conselheiros para R$ 35,6 mil. Tudo isso num Estado
cujo o poder executivo busca medidas para interromper o ciclo de atrasos na
folha de pagamento que se arrasta desde 2013.
O atual salário base de um conselheiro do TCE/RN é de R$
R$ 30.471,11. Mas pode chegar a mais de R$ 50 mil dependendo das vantagens
somadas aos penduricalhos.
Justo o TCE, de poucos resultados práticos para a
sociedade, quer aumento.
A atual composição do TCE mostra bem o que simboliza a
casa para o Rio Grande do Norte: é o aconchego dos políticos, parentes e agregados.
Dos sete membros, só Carlos Thompson não possui
apadrinhados políticos. Sua origem é no Ministério Público.
Mesmo sendo da cota dos auditores, Adélia Sales, é esposa
do ex-deputado Demócrito de Souza.
Tarcísio Costa é irmão do deputado estadual Vivaldo Costa
(PSD), Renato Costa Dias é irmão do prefeito de Natal Álvaro Dias (MDB), Paulo
Roberto Alves é irmão de Garibaldi Alves Filho (MDB) e Poti Junior é um
ex-deputado estadual ligado aos Alves e sua família faz política há décadas em
São Gonçalo do Amarante onde ele mesmo foi prefeito. Por fim, Gilberto Jales
não é parente de político, mas é agregado ao ramo rosalbista dos Rosados.
Isso é o que podemos chamar de “aparelhamento do Estado”.
A casa dos privilégios, sucursal do céu no RN, quer
aumentar os salários dos seus membros para módicos R$ 35,6 mil. A proposta está
nas mãos dos deputados estaduais. A palavra final será da governadora Fátima
Bezerra (PT) em caso de aprovação.
Fonte: Blog do Barreto
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