A ideia não é nada boa porque coloca os Estados na mira
de instituições estrangeiras, mas é o que temos para o momento.
Pior: a governadora Fátima Bezerra (PT) está disposta a
abraçar a ideia.
Sem ajuda dos bancos públicos, o Ministério da Economia
sugere que os Estados falidos peguem dinheiro emprestado com bancos
internacionais como JPMorgan, Citibank, BNP, Paribas, BofA e Santander.
As garantias são a dívida a ativa e receitas como
royalties do Petróleo.
Quando era adolescente tinha uma expressão sempre usada
quando o estrago estava feito: “tá no inferno? Abraça o capeta”.
Com uma previsão de encerrar 2019 com um déficit de R$
1,8 bilhão, o Rio Grande do Norte não tem muitas alternativas.
O jeito vai ser se entregar a agiotagem internacional. A governadora já vem trabalhando para no âmbito da
economia interna conseguir antecipar os royalties da Petrobras e vender a folha
de pagamento do Estado. Os dois projetos são discutidos com o Banco do Brasil.
O que preocupa é ver a gestão estadual buscando “comer na
frente” sem apresentar um plano de impacto para recuperação fiscal do Estado.
Assusta saber que não há um projeto para atração de investimentos no Rio Grande
do Norte gerando novas receitas.
Assistimos retrocessos diante de uma classe política
bestializada que silencia ao ver a Petrobras desinvestir no Estado.
Todos os caminhos levam o Rio Grande do Norte para o
endividamento sem novas alternativas. Podemos encontrar em breve uma calmaria
sustentada em paliativos sendo que mais à frente a bomba estoura de novo.
O Rio Grande do Norte tem sido saqueado nos últimos anos
por más gestões. Nada de inovador é feito desde Cortez Pereira nos anos 1970.
Se Fátima repetir os antecessores teremos mais do mesmo.
Trocando em miúdos: mais atraso. Fátima precisa entender que sua biografia precisa ser
sacrificada agora para ter a chance de se recuperar lá na frente sob pena de no
futuro se juntar a Micarla de Sousa, Francisco José Junior, Rosalba Ciarlini e
Robinson Faria no rol de governantes símbolos de fracasso.
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