Bolsonaro vem dedicando seu tempo público a atacar
jornalistas e a insuflar debates escatológicos em suas potentes redes sociais, onde a proposta de mudanças nas aposentadorias
mal aparece. Já o articulador do Governo, o ministro da Casa Civil Onyx
Lorenzoni, está em viagem oficial à Antártida até quarta-feira. O líder do
Governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), por sua vez, não conseguiu sequer
marcar uma reunião com todos os líderes partidários.
Neste panorama, coube até agora a experientes políticos
“colocarem a bola no centro do campo” e tentar dar andamento ao projeto que
incomoda vários lobbies poderosos e é, ao mesmo tempo, ansiado por investidores
e empresários. No momento, é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e seu
fortalecido DEM, que também comanda o Senado, que se apresenta como fiador da
reforma.
Foi Maia, em seu quinto mandato consecutivo e desprezado nas redes
sociais como representante da "velha política" pelos bolsonaristas, que
teve de intervir e negociar diretamente com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, para garantir a promessa do Planalto de que haverá uma proposta formal
para incluir os militares na reforma até a semana que vem.
Fonte: El País.
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