Davi Alcolumbre deixou para anunciar sua decisão no final
da sessão plenária da última segunda-feira, 25. Antes, ele consultou a
advocacia do Senado para avaliar a nota técnica da consultoria legislativa que
rejeitou 13 pontos do pedido. Ele elencou os pontos, negando o parecer.
"Considerando que o requerimento não reúne os
pressupostos legais de inamissibilidade, determino o arquivamento. Finalmente,
recorro de ofício da minha decisão e remeto ela ao Plenário do Senado Federal,
solicitando a manifestação prévia da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ)", afirmou Alcolumbre, após
ler sua decisão por cerca de 10 minutos.
A medida do presidente do Senado não enterra de vez a CPI
da Lava Toga. Agora, a CCJ vai fazer um parecer sobre o arquivamento, e o
plenário da Casa poderá derrubar a determinação de Alcolumbre.
Antes dele, senadores se reversaram ao microfone
defendendo ou criticando a proposta. O líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra, afirmou que o papel do Senado federal é "interpretar o momento
político que estamos vivendo", justificando o apoio à decisão.
"Vamos, aqui, pregar a harmonia entre os poderes.
Têm outros instrumentos e outras formas de agenda para condenar os excessos.
Mas não é abrindo mais uma frente de batalha institucional", afirmou o
líder do governo no Senado.
Na semana passada, o Estado mostrou
que está em curso no Senado uma força-tarefa de governistas para barrar a
instalação da CPI da Lava Toga. O objetivo era retirar cinco assinaturas dos 29
nomes. Para o autor do pedido, há uma pressão externa que levou a decisão:
"Tem pressão absurda do Supremo Tribunal Federal. A
pressão absurda de setores do empresariado, pressão absurda de setores do Poder
Executivo", afirmou o autor do requerimento, senador Alessandro Vieira
(PPS-ES), após sair da reunião de líderes ontem antes do anúncio oficial.
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