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Sandro Pimentel promete acampar na Governadoria se Fátima não recebê-lo

O deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) anunciou que vai montar uma espécie de acampamento no Centro Administrativo caso a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, não marque em até quinze dias uma data para recebê-lo na Governadoria. O socialista disse que tentou marcar uma reunião diversas vezes, mas Fátima ainda não atendeu às solicitações.

“É preciso que a governadora abra mais o diálogo e nos receba. Até agora ela só está recebendo os dela. Eu tenho pedido audiência reiteradas vezes. Pelo WhatsApp, ela responde e diz ‘vou marcar’, ‘vou marcar’ e ‘vou marcar’. Tenho pedido também na tribuna da Assembleia duas vezes, e ontem eu fiz um discurso dizendo que não vou mais esperar. Se a governadora não me receber, eu vou acampar na Governadoria”, afirmou Sandro, em entrevista nesta quinta-feira, 21, ao programa Manhã Agora, apresentado por Tiago Rebolo na rádio Agora FM (97,9).

O parlamentar, que cumpre o seu 1º mandato na Assembleia Legislativa, diz que quer entregar a Fátima uma pauta de reivindicações. Entre os assuntos, Sandro Pimentel cobra um calendário de pagamento dos salários dos servidores que estão atrasados, melhorias para a área de segurança pública e medidas na área de proteção dos animais.

“Tenho uma pauta preparada para o Estado e vou lutar por ela. Se ela, Fátima, acha que isso não tem importância ou que o nosso mandato, o mandato do PSOL, não tem importância, ela tem o direito de achar. E eu tenho o direito de me rebelar. É minha característica. Não vou ficar calado o tempo todo, chorando ou choramingando. Vou contar 15 dias. Se ela não sinalizar a data do recebimento, nós vamos acampar”, completou, afirmando que o acampamento só será desfeito se a governadora o receber ou se a polícia retirar o grupo do local.

Sandro Pimentel criticou a falta de definição do governo quanto ao pagamento dos salários dos servidores. A gestão de Fátima Bezerra herdou do governo Robinson Faria (2015-2018) quatro folhas atrasadas integral ou parcialmente – novembro e dezembro de 2018, além dos dois últimos 13º salários (2017 e 2018).

A administração estadual diz que aguarda a entrada de receitas extraordinárias – como a antecipação de royalties da produção mineral – para quitar o passivo herdado. Enquanto isso, prioriza as folhas vencidas em 2019. Mesmo assim, o deputado exige uma definição das datas. “Que seja um calendário a médio prazo ou que aponta que vai pagar daqui a 200 anos. Aí os servidores poderão dizer se o calendário satisfaz ou não. Mas não tem horizonte nenhum. Eu espero que ela nos receba, e ela vai ter que receber”, acrescentou.

Ainda na entrevista à Agora FM, o parlamentar do PSOL elogiou algumas iniciativas adotadas até agora pela gestão estadual, porém, pediu medidas mais “contundentes”.

“Acho que ela tem tomado iniciativas que são importantes, mas acho que está faltando mais. A gente sempre espera, e é importante isso. A gente acredita no governo Fátima. Votamos nela no segundo turno e pedimos voto com o entendimento de que ela tinha o melhor programa para o Estado. Seguimos pensando assim, mas é preciso que as medidas sejam mais contundentes”, encerrou.

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