“É preciso que a governadora abra mais o diálogo e nos
receba. Até agora ela só está recebendo os dela. Eu tenho pedido audiência
reiteradas vezes. Pelo WhatsApp, ela responde e diz ‘vou marcar’, ‘vou marcar’
e ‘vou marcar’. Tenho pedido também na tribuna da Assembleia duas vezes, e
ontem eu fiz um discurso dizendo que não vou mais esperar. Se a governadora não
me receber, eu vou acampar na Governadoria”, afirmou Sandro, em entrevista
nesta quinta-feira, 21, ao programa Manhã Agora, apresentado por Tiago Rebolo
na rádio Agora FM (97,9).
O parlamentar, que cumpre o seu 1º mandato na Assembleia
Legislativa, diz que quer entregar a Fátima uma pauta de reivindicações. Entre
os assuntos, Sandro Pimentel cobra um calendário de pagamento dos salários dos
servidores que estão atrasados, melhorias para a área de segurança pública e
medidas na área de proteção dos animais.
“Tenho uma pauta preparada para o Estado e vou lutar por
ela. Se ela, Fátima, acha que isso não tem importância ou que o nosso mandato,
o mandato do PSOL, não tem importância, ela tem o direito de achar. E eu tenho
o direito de me rebelar. É minha característica. Não vou ficar calado o tempo
todo, chorando ou choramingando. Vou contar 15 dias. Se ela não sinalizar a
data do recebimento, nós vamos acampar”, completou, afirmando que o acampamento
só será desfeito se a governadora o receber ou se a polícia retirar o grupo do
local.
Sandro Pimentel criticou a falta de definição do governo
quanto ao pagamento dos salários dos servidores. A gestão de Fátima Bezerra
herdou do governo Robinson Faria (2015-2018) quatro folhas atrasadas integral
ou parcialmente – novembro e dezembro de 2018, além dos dois últimos 13º
salários (2017 e 2018).
A administração estadual diz que aguarda a entrada de
receitas extraordinárias – como a antecipação de royalties da produção mineral
– para quitar o passivo herdado. Enquanto isso, prioriza as folhas vencidas em
2019. Mesmo assim, o deputado exige uma definição das datas. “Que seja um
calendário a médio prazo ou que aponta que vai pagar daqui a 200 anos. Aí os
servidores poderão dizer se o calendário satisfaz ou não. Mas não tem horizonte
nenhum. Eu espero que ela nos receba, e ela vai ter que receber”, acrescentou.
Ainda na entrevista à Agora FM, o parlamentar do PSOL
elogiou algumas iniciativas adotadas até agora pela gestão estadual, porém,
pediu medidas mais “contundentes”.
“Acho que ela tem tomado iniciativas que são importantes,
mas acho que está faltando mais. A gente sempre espera, e é importante isso. A
gente acredita no governo Fátima. Votamos nela no segundo turno e pedimos voto
com o entendimento de que ela tinha o melhor programa para o Estado. Seguimos pensando assim, mas é preciso que as medidas sejam mais contundentes”,
encerrou.
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