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Adepol denuncia caos na Polícia Civil do Rio Grande do Norte

Duas categorias da segurança pública celebram seu dia ontem, 21 de abril. No entanto, no Rio Grande do Norte, as Polícias Militar e Civil não têm muito o que comemorar. Esses dois setores, que atuam no combate à violência e criminalidade, enfrentam dificuldades no estado.

Essa situação preocupante voltou a ser externada nesta semana por diversos representantes da Polícia Civil potiguar. Eles expuseram mais uma vez um quadro assustador vivenciado pela corporação e que reflete no trabalho desenvolvido para a população.

Nesta semana, representantes da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL-RN) foram até à Assembleia Legislativa do Estado (ALRN), na qual expuseram aos deputados estaduais a “situação caótica” desse setor da segurança pública potiguar.

A Adepol disse que, na ocasião, levou ao conhecimento dos parlamentares os cortes no orçamento sofridos pela Polícia Civil neste ano tanto na esfera federal como estadual.

“Todos foram cientificados de que a Polícia Civil há mais de dez anos é a instituição mais prejudicada com os cortes/contingenciamentos, e inclusive neste ano”, pontuou trecho de material divulgado pela Adepol, detalhando que recentemente o Governo Federal bloqueou 20% das emendas parlamentares, sem ressalvar a segurança pública.

Segundo a Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL-RN), o recente bloqueio de emendas parlamentares por parte do Governo Federal na segurança pública resultou na perda de R$ 940 mil oriundos de emendas individuais federais que seriam destinadas à compra de computadores para a investigação criminal.

“Hoje, temos mais de seiscentos computadores aptos a parar de funcionar, já que ou são demasiadamente antigos e sem a devida manutenção ou porque são aparelhos frutos de apreensões e compostos por peças improvisadas. Contávamos com as emendas para adquirir novos computadores”, lamentou a presidente da Adepol, Paoulla Maués.

A Adepol frisou que, além disso, no dia 18 de fevereiro deste ano, o Governo Estadual expediu um decreto  de contingenciando R$ 9,75 milhões das verbas que seriam destinadas ao custeio e R$ 5,03 milhões que seriam dirigidas à área de investimentos da Polícia Civil.

A associação disse que espera que, dos R$ 40 milhões que a emenda de bancada federal dirigiu à segurança pública do estado, o Governo Estadual destine uma considerável parte a Polícia Civil, já que há décadas tem sido sucateada por sucessivos governos que não priorizaram a segurança pública, muito menos a investigação criminal e o combate à impunidade.

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