Ela negocia constantemente com os servidores e constrói a
cada mês um calendário de pagamento com os representantes das categorias. Ela
também tem conversado com a classe empresarial para construir a revisão do
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (PROAD).
Conversa não falta com
os poderes também. Esse é o ponto inegavelmente positivo dos primeiros cem
dias de Fátima.
No restante, temos algumas falácias. Duas delas são
difíceis de engolir: 1) salários em dia; 2) puxar para si os méritos pela
redução nos índices de violência.
A primeira não cola porque existem quatro folhas em
aberto. A segunda não pega porque já havia uma tendência de queda nas taxas de
criminalidade antes de Fátima assumir o mandato.
A governadora ainda não sinalizou enviar ao legislativo
medidas efetivas para resolver a crise fiscal do Rio Grande do Norte. Prefere
ficar em compasso de espera por causa da promessa do Governo Federal de fazer
um plano de recuperação dos Estados.
Enquanto isso o rombo no orçamento segue em crescimento
mês a mês.
O que Fátima fez até aqui foi cortar quase R$ 1 bilhão no
orçamento, mas a promessa de poupar saúde, educação e segurança não foi
cumprida.
Em nível de política, ela começou atrapalhada em relação
ao diálogo com o Governo Federal, mas há avanços neste comportamento com a
realização de reuniões com ministros.
Na Assembleia Legislativa, Fátima não tem maioria
formada. Ela fica a reboque do presidente da mesa diretora Ezequiel Ferreira de
Souza (PSDB), quem de fato controla a casa.
Cem dias é uma data simbólica. A partir de agora a
oposição começa a elevar o tom nas críticas e com o fim da lua de mel entre
governante e eleitor, começa a lidar com a realidade, no caso do RN, de um
casamento com orçamento apertado.
Fátima sentirá na pele o aumento das dificuldades e o
risco de divórcio com o eleitor potiguar. Não existe margem para erros.
Fonte: Blog do Barreto.
0 comentários:
Postar um comentário