Mas como se posiciona os oito deputados federais do Rio Grande do Norte?
Único membro do Rio Grande do Norte na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara, onde a proposta começa a ser analisada,
Beto Rosado (PP), afirma que não há inconstitucionalidades, mas deixa bem claro
o que ele não aceita. “A proposta que foi enviada eu não estou de acordo. Como
membro do Progressistas nós enviamos um documento assinado pelas lideranças
ressaltando a necessidade da retirada da aposentadoria rural, BPC (Benefício de
Prestação Continuada) e este último o próprio ministro Guedes admitiu alterar.
Além da desconstitucionalização referentes aos artigos da reforma e isso de
cara nós nos posicionamos contra. Os policiais mandaram um texto diferente para
os militares e isso gera dificuldades. O texto está cheio de falhas. Não estou
de acordo com a reforma do jeito que está”, frisou.
O coordenador da bancada federal Rafael Mota (PSB) deixa
claro que não vai votar a favor de injustiças contra o trabalhador. “Nosso
mandato tem tido uma posição firme com relação às reformas. Não somos contra
mudanças, mas somos contra novidades que imponham ao trabalhador e ao
contribuinte uma conta que não é deles. Não há como falarmos em reforma sem que
os maiores devedores da Previdência respondam pelos seus débitos. A CPI que se
aprofundou sobre as contas deixou claro onde está o problema. Não pretendemos
ignorar isso e não vamos compactuar com injustiças, principalmente se elas
recaírem sobre as mulheres, os trabalhadores rurais e as pessoas com
deficiência”.
O deputado General Girão (PSL) se coloca favorável a proposta,
mas entende que ela pode ser aperfeiçoada. “Sou a favor. Claro que iremos
aperfeiçoar nos diálogos, que já estão sendo feitos”, explica.
Já Fábio Faria (PSD) diz ser contra mexer na
aposentadoria rural e alterar o Benefício de Prestação Continuada. O restante
da posição ele está tratando como em análise.
A mesma tendência é a de João Maia (PR). “Sou a favor com
modificações na aposentadoria rural, BPC e discutindo magistério e regras de
transição”, explica.
Os deputados Benes Leocádio (PRB) e Walter Alves (MDB)
afirmam ser contra o texto na forma como ele está.
A deputada Natália Bonavides (PT) entende que a proposta
não está de acordo com o discurso do Governo. “Somos contra a proposta de
reforma da previdência de Bolsonaro. O projeto é o contrário do que o governo
diz: em vez de combater privilégios, joga a conta da crise para a população
mais pobre, de salários mais baixos, e para idosos e pessoas com deficiência
que dependem de benefício assistencial. Tudo isso ao mesmo tempo em que propõe
a capitalização, medida que somente enriquece os bancos e que tira dos
empregadores a obrigação de contribuir. Protocolamos quatro projetos de lei
para combater os grandes devedores em situação de lucro (quem deve mais de 10
milhões e opta por não pagar, mesmo tendo condições), enquanto o governo não
apresenta medidas duras no sentido de coibir a lucrativa estratégia de empresas
acumularem dívidas com a previdência”, analisa.
Balanço
Cinco deputados são contra a proposta do jeito que ela
está: Beto Rosado, Rafael Mota, Walter Alves, Benes Leocádio e Natália Bonavides. Dois são a favor com ressalvas:
João Maia e Fábio Faria. General Girão é a favor, mas se coloca aberto ao
diálogo.
Fonte: Blog do Barreto.
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