Estudantes pedem ajuda ao Poder Público |
A casa do Estudante de Natal pode está com os dias contados. O Ministério Público Estadual fez o pedido de extinção da casa no ano passado, mas o governo anterior não atendeu a solicitação e vinha mantendo a casa funcionando. Segundo informou o jornal Tribuna do Norte, (clik aqui), a casa passou por uma reforma que custou aos cofres públicos quase R$ 1 milhão de reais, porém a realidade da casa é de total abandono.
A reportagem apontou ainda que os estudantes falaram que a empresa HB Engenharia, responsável pelas reformas, deixou as obras inacabadas. O governo diz que às obras custaram R$ 730 mil reais. Recentemente o atual governo fez um levantamento dos estudantes que moravam na residência estudantil e apenas um aluno preenchia os pré-requisitos que foram solicitados pelo governo, os demais estavam foram dos padrões ou eram pessoas que abrigavam o local devido não ter onde morar.
Jardel Fagundes, ex-aluno que residiu na CERN |
Recentemente a governadora Fátima Bezerra esteve no local fazendo uma visita e na oportunidade homenageou um ex-estudante que residiu na casa e foi presidente. Este, porém, morto em 1973 quando participava de movimentos em pleno regime militar em São Paulo. A governadora Fátima decidiu renomear a casa do estudante dando-lhe o nome de Emanuel Bezerra, em homenagem ao estudante e ex-presidente da casa.
Fundada em 1946 e em pleno funcionamento nos dias atuais (mesmo fora dos
padrões exigidos), a casa do estudante abrigou milhares de estudantes que
vinham do interior do RN para estudar na capital. Era uma época bastante
difícil, pois, o estado ainda estava desenvolvendo sua infraestrutura. Como os
alunos não tinham como se locomover do interior para capital como acontece nos
dias atuais, eles vinham, se cadastravam e eram selecionados para morar na
residência estudantil.
Tombado como patrimônio arquitetônico de Natal em 1993 e de um
papel histórico muito importante na vida de milhares cidadãos
norte-riograndenses, a casa do estudante tem prazo de validade e o governo
atual pode enterrar de vez a história que poderia ser continuada, bastava
remodelar a casa e abrigar os estudantes.
Mas o governo fará diferente e usará o prédio para abrigar duas novas
secretarias que serão abertas no governo Fátima, uma dela é a secretaria de
direitos humanos. Uma frente de trabalho já está funcionando para decidir o que
fazer e como fazer as mudanças na casa do estudante. O governo fala que a casa
do estudante será mantida, porém não é o que o projeto fala.
A governadora eleita e defendida pela classe estudantil como uma
"professora" que lutou pelas liberdades, conquistas e direitos
humanos, pode agora está enterrando a história de uma casa que foi fundamental
para vida de muitos homens e mulheres do nosso RN. Basta saber se os estudantes
que se dizem representados pela governadora, ficarão omissos ou irão exigir que
a casa seja novamente reformada e tenha sua funcionalidade que vinha tendo
desde 1946.
Fonte: Leitura Potiguar.
Fonte: Leitura Potiguar.
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