A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito
Federal, em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao
Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem
Tributária da Polícia Civil DF e com a Corregedoria Militar do Distrito
Federal.
Os sete sargentos presos são lotados ou já atuaram no 8º
e no 10º Batalhão da Polícia Militar, unidades responsáveis pelo policiamento
ostensivo na região do Sol Nascente. Além de Jorge Firmo Ferreira, foram presos
e denunciados pelo Ministério Público do DF os sargentos Jorge Alves dos
Santos, Agnaldo Figueiredo de Assis, Francisco Carlos da Silva Cardoso, José
Deli Pereira da Gama, Paulo Henrique da Silva e Jair Dias.
As investigações começaram em 2011, mas avançaram graças
à participação de um colaborador, que integrou e liderou a quadrilha, mas
resolveu ajudar na apuração para receber o benefício da redução da pena. Ele
procurou a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da PCDF e detalhou o
funcionamento da organização criminosa.
Com autorização judicial, as ligações telefônicas dos
suspeitos foram interceptadas e as conversas revelaram a forma de atuação dos
policiais militares responsáveis pela grilagem na região do Sol Nascente. A
denúncia destaca que os dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de João
Firmo, autorizada pela Justiça, reforçam a ligação do PM com a organização
criminosa. O órgão identificou duas transferências dele para Francisco Cardoso,
outro integrante da suposta quadrilha de milicianos, em 27 de julho de 2015,
que totalizaram R$ 8 mil.
O 1º sargento entrou na reserva da Polícia Militar em 16
de janeiro de 2017. Conforme o Portal da Transparência, a remuneração mensal
dele é de R$ 8.227,68, fora benefícios.
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