No memorando à corregedoria, os conselheiros não citam Dallagnol
nominalmente, e sim "os fatos noticiados pelo "The Intercept".
Uma das reportagens publicadas pelo site, no último domingo,mostra trocas de mensagens que sugerem que o procurador recebeu orientações do então juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e
Segurança Pública, e debateu estratégias com ele ao longo da Lava Jato.
Os conselheiros do órgão
defendem, no pedido, que os fatos devem ser apurados "caso forem verídicas
as mensagens e correta a imputação de contexto sugerida na reportagem,
independentemente da duvidosa forma como teriam sido obtidas", mas
ressaltam que "não se forma nenhum juízo prévio de valor" sobre
Dallagnol.
"Cabe apurar se houve eventual falta funcional,
particularmente no tocante à violação dos princípios do juiz e do promotor
natural, da equidistância das partes e da vedação de atuação
político-partidária", diz o pedido.
Conluio
As mensagens reveladas pelo The Intercept indicam que Moro e Dallagnol
combinaram ações da Lava Jato. Os recados mostram que o então juiz federal
sugeriu ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou
agilidade em novas operações e deu pistas informais de investigação, além de
conselhos estratégicos.
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