O presidente de extrema direita do Brasil, Jair
Bolsonaro, e seus partidários tentaram retratar a enorme quantidade de
revelações sobre a conduta de Moro na Operação Lava Jato como parte de um
ataque da esquerda, liderado pelo site investigativo Intercept e seu
co-fundador Glenn Greenwald.
No início de junho, o Intercept começou a publicar uma
série de denúncias baseadas no que chamou de “um grande tesouro” de conversas
vazadas entre agentes brasileiros da lei.
Mas os esforços para desqualificar as revelações foram
prejudicados nesta sexta-feira, quando a revista conservadora mais influente do
Brasil, Veja, publicou uma reportagem de capa apresentando novas e perigosas
revelações sobre o ministro mais famoso de Bolsonaro.
Veja - por muito tempo uma líder de torcida da cruzada
anticorrupção de Moro - disse que seus jornalistas passaram duas semanas
examinando cerca de 650 mil mensagens vazadas entre autoridades envolvidas na
investigação e concluíram que o ex-juiz era culpado por graves
"irregularidades".
Eles incluíam alegações de que - apesar de ser um juiz
supostamente imparcial na Operação Lava Jato - Moro havia
"ilegalmente" dirigido os procuradores enquanto eles trabalhavam para
condenar políticos brasileiros.
(...)
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