O Governo de Jair Messias Bolsonaro havia dado um fôlego,
há poucas semanas, aos salineiros do Rio Grande do Norte quando, por decreto,
tornou o sal marinho de Interesse Social.
Com o decreto, muito festejado pelos salineiros, deputado
Beto Rosado e o próprio presidente, permitiu os salineiros respirarem aliviados
com as pendências judiciais.
Mas esta semana, o governo Jair Messias Bolsonaro
prorrogou a suspensão da medida antidumping do sal importado do Chile
tornando-o bem mais barato do que o sal do RN.
Com medida da Secretaria Especial de Comércio Exterior e
Assuntos Internacionais do Ministério da Economia desta sexta-feira, dia 12, o
sal do RN perde competitividade no mercado nacional.
O Governo Federal informa que a medida vale por 1 ano. O
sal chileno estava proibido de chegar ao consumidor brasileiro mais barato do
que o sal produzido no Brasil, em especial no RN, desde 2011.
Entretanto, em 2018, a Secretaria Especial de Comércio
Exterior, ainda no Governo Temer, para atender o Governo de São Paulo e a
indústria chilena suspendeu os efeitos
desta medida, colocando o sal do RN em cheque.
Como o Governo Bolsonaro havia assinado o decreto
tornando o sal do RN de interesse social, todos aguardavam que ele não
renovasse esta medida, em benefício do brasileiro, da indústria nacional.
Entretanto, não só renovou como justificou dizendo que a
barreira comercial ao sal chileno tinha efeitos negativos para a indústria de
consumo de sal no Brasil.
“A ação antidumping afeta negativamente os consumidores
de cloro, de soda e seus derivados”, aponta o Governo Federal que vê mais competitividade
do sal chileno.
Na prática, o Governo Federal abriu o mercado brasileiro
para receber o sal chileno e a indústria de São Paulo, e condenou toda a cadeia
produtiva do Rio Grande do Norte.
O Simorsal pede união da classe salineira, para buscar
apoio da Bancada Federal no sentido e reverter o quadro, bem como fortalecer o
ciclo econômico do sal no RN em outros seguimentos, como produção, tributação e
logística.
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