Dentre os alvos dessas ações, que pedem o ressarcimento
de R$ 3,17 bilhões, estão os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e
Henrique Eduardo Alves, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ambos do MDB.
Valter
Campanato, Luis Macedo, Zeca Ribeiro, Romerio Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Eduardo
Cunha são alvos de ações civis.
As ações se referem a liberações de crédito para os
grupos empresariais Marfrig, Bertin, J&F, Grupo BR Vias e Oeste Sul
Empreendimentos Imobiliários.
Além de Cunha, Geddel e Henrique Alves, outras
11 pessoas estão no ról de alvos das ações protocoladas na 22ª Vara Cível do
Distrito Federal. A lista inclui o ex-vice-presidente da Caixa Roberto Derziê
de Sant’Anna; o empresário Marcos Antônio Molina (dono da Marfrig); os irmãos
Natalino, Reinaldo e Silmar Bertin (sócios do Grupo Bertin); e o lobista Altair
Alves Pinto (que já foi acusado, em delação, de ter entregado dinheiro a
Eduardo Cunha e ao ex-presidente Michel Temer).
Outros participantes do esquema criminoso que causou
prejuízos à Caixa não foram responsabilizados nas ações civis devido
aos benefícios previstos em seus acordos de delação premiada. É o caso dos
empresários Henrique Constantino (Gol) e Joesley Batista (J&F),
do lobista Lúcio Funaro, e do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e o
empresário Alexandre Margotto.
Os investigados já haviam sido denunciados criminalmente
em outubro do ano passado, mas agora, caso a Justiça acate as ações de
improbidade, vão responder também no âmbito civil. De acordo com as
investigações da Cui Bono , o esquema se baseava na troca de
liberação de créditos da Caixa a projetos apresentados por grupos empresariais
em troca do pagamento de propina a agentes públicos e a políticos.
O valor de R$ 3,17 bilhões que o MPF quer que os
investigados devolvam ao banco público é resultado da soma de R$ 100 milhões
referentes ao prejuízo envolvendo esquema com a Marfrig; R$ 925 milhões
referentes ao grupo Bertin; R$ 147,6 referentes à BR Vias e Oeste Sul; e R$
2,033 bilhões referentes à J&F.
Segundo o MPF, Geddel, Cunha e Henrique Alves
são os únicos envolvidos em cada um dos quatro esquemas.
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