Os diálogos começaram a ser divulgados pelo site The
Intercept no dia 9 de junho e colocaram em questão a imparcialidade de Moro
enquanto magistrado. As reportagens sugerem que o ministro atuou como chefe da
acusação, indicando ações e testemunhas para os procuradores do MPF. Sérgio Moro já
compareceu à Câmara e o Senado para
explicar os diálogos que tinham por aplicativos de mensagens instantâneas com
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. O ministro se
defende levantando a suspeita de que as mensagens podem ter sido adulteradas e
forjadas, mas também afirma que não há irregularidades na conduta demonstrada
pelas reportagens.
A pesquisa foi divulgada neste sábado (06) e ouviu 2.086
pessoas em 130 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.
O maior índice de reprovação da conduta de Sérgio Moro é
registrado entre os jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, 73% avaliam as
conversas publicadas pela imprensa como inadequadas. Nas faixas etárias que vão
dos 25 aos 44 anos, a reprovação é de 62%, enquanto o número entre as pessoas
de 45 a 59 anos é de 50%. 44% dos entrevistados com mais de 60 anos acham a
conduta inadequada.
Também para 58% dos ouvidos, as sentenças dadas por Moro
devem ser revistas caso as irregularidades sugeridas pelas conversas vazadas
sejam comprovadas. Para 30%, o ganho com o combate à corrupção compensa
possíveis excessos cometidos.
A aprovação do ministro foi medida pela pesquisa e caiu
de 59% em abril deste ano para para 52%, conforme registrado nas
entrevistas realizadas na última semana.
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