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Prefeituras devem desinchar a máquina pública

O inchaço da máquina pública é um problema que acomete na maior parte das prefeituras do Brasil. E são os elevados gastos com pessoal que compõem a maior parcela de custos das administrações públicas municipais. Com isso, pouco sobra para investir em melhorias à população, especialmente nas áreas que são de responsabilidade das prefeituras. Para resolver esse problema, os gestores precisam arrumar a casa. Mexer, trocar e se desfazer do que não serve e, principalmente, daquilo que só gera despesas desnecessárias.

A solução para esse problema está na capacidade dos gestores de conhecer cada unidade da Administração Direta e da Indireta, desde o menor setor até os departamentos e Secretarias, para saber o que fazem e com que eficiência e custo. Só assim é possível avaliar se os serviços que cada unidade presta devem continuar, se devem permanecer da mesma maneira ou se podem ser agrupados aos de outra. O excesso de Secretarias gera custos desnecessários e, de uma maneira geral, a capacidade de um bom gestor não comporta gerir mais de 10 subordinados. Acima disso é desperdício e inexistência de controle.

Portanto, recomenda-se aos gestores que se perguntem e avaliem de fato se o número de funcionários é compatível com a necessidade dos serviços que são realizados, pois o número ideal de servidores públicos é justamente aquele que promove uma prestação de serviços eficientes. Mas, infelizmente, não são muitos os gestores que se preocupam com a eficiência e, por consequência, com o aperfeiçoamento e treinamento dos servidores.

Até porque, outro problema corriqueiro é a criação de cargos e órgãos para acomodar aliados políticos e, assim, garantir melhor governabilidade, já que sem o apoio de grupos políticos, particularmente no Poder Legislativo, o chefe do Executivo não consegue aprovar Planos, Programas e Leis. Naturalmente, a participação dos aliados na administração é uma necessidade. Mas, se a real intenção do gestor for mesmo promover o melhor governo para a cidade e sua população, esse jogo político deve estar sempre sujeito aos princípios de eficiência e também da moralidade.

Fonte: Cesar Santos.


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