O atual presidente, Mauricio Macri, ficou com 32%. “O
atual candidato que está à frente na Argentina, ele já esteve vistando o ex-presidente Lula, já falou que é uma injustiça ele estar preso, já falou
que quer rever o Mercosul. Então o Paulo Guedes, perfeitamente afinado comigo,
falou que se criar problema, o Brasil sai do Mercosul, e está avalizado”, disse
Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã.
O presidente brasileiro disse que está disposto a
conversar Fernández, mas que o argentino “vai ter que dar o sinal”. “Por causa
do viés ideológico, o meu sentimento antes de ser eleito é que tinha que
acabar com o Mercosul. Lógico, nós chegamos, afastamos o viés ideológico, o
contato foi excelente com Macri, excelente com o Marito, presidente do
Paraguai, Mario Benitez, o do Uruguai Tabaré Vázquez, apesar de ser um pouco
da esquerda, deu pra conversar”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro, entretanto, espera a reeleição de Maurício
Macri. “Olha a Argentina aqui, o que aconteceu com a bolsa, com o dólar, com as
taxas de juros. O mercado deu sinal que não vai perdoar a esquerda na Argentina
novamente. Os empresários não vão investir mais enquanto não resolver a
situação política lá”, disse.
O mercado financeiro da região atravessa momentos de
volatilidade, após a vitória de Fernández nas eleições primárias. No dia
seguinte à votação, o índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, caiu 37,93%, na
maior queda diária no mercado de ações na história do país, e o dólar chegou a
superar a barreira de 60 pesos argentinos, mas fechou em 52,14 pesos. A moeda
do país vizinho desvalorizou-se 14,99% somente na segunda-feira (12). Para
conter a saída de capitais, o Banco Central da Argentina aumentou os juros
básicos do país para 74% ao ano.
Fonte: EBC
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