Bolsonaro afirmou que Eduardo já deseja “há algum tempo”
morar nos Estados Unidos, mas que foi convencido por ele a ficar no Brasil para
disputar as eleições. “Agora apareceu essa oportunidade dada a nossa
proximidade com a família Trump. O embaixador é um cartão de visitas”, disse o
presidente.
O presidente também mencionou que Eduardo, neste momento,
está nos Emirados Árabes Unidos tratando sobre questões diplomáticas e que tem
vocação para a atividade. “Tem tudo para dar certo. Por exemplo, ele me contou
que nós não temos um adido militar lá, nos Emirados Árabes. Já vou tratar desta
questão aqui e, se houver interesse da nossa parte, mudamos isso”, comentou.
Quebra de tradição
A possível indicação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, como presidente como embaixador do Brasil nos
Estados Unidos pode quebrar uma tradição dentro do Itamaraty, desde a
redemocratização, de ter sempre um diplomata de carreira na embaixada em
Washington.
Desde o governo de José
Sarney, o primeiro após a ditadura militar, todos os ocupantes
do cargo saíram do Instituto Rio Branco,
o centro de formação de diplomatas do Itamaraty.
Nepotismo
A eventual indicação de Eduardo Bolsonaro para
o cargo de embaixador do Brasil nos
Estados Unidos levantou o debate sobre o nepotismo por parte de
agentes públicos.
Bolsonaro já afirmou que a indicação de seu filho para a
embaixada não configura nepotismo, uma vez que uma súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF) leva
à jurisprudência de considerar nepotismo apenas nomeações de parentes para
cargos administrativos, e não para cargos
políticos, o que seria o caso do cargo de embaixador.
O ministro do STF Marco Aurélio Melo , no entanto,
afirmou que a eventual indicação é um "péssimo exemplo" e que pode ser enquadrado como nepotismo.
Fonte: O Estadão
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