A reportagem identificou 286 assessores nomeados por
Jair, Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, sendo que ao menos 102 possuem algum
parentesco ou relação familiar entre si (35%), e vários deles com indícios de
que não trabalharam de fato nos cargos.
“O primeiro caso que veio à tona é o da família do
policial militar da reserva Fabrício Queiroz, ex-assessor que emplacou sete
parentes em três gabinetes da família Bolsonaro (Flávio, Carlos e Jair) desde
2006. Uma que não era conhecida até agora é Angela Melo Fernandes Cerqueira,
ex-cunhada de Queiroz. Em abril, os oito tiveram o sigilo quebrado em
investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sobre a prática, na
Assembleia Legislativa (Alerj), de ‘rachadinha’ — apropriação de parte do salário
dos funcionários”, conta a reportagem.
Na investigação sobre a suposta prática de ‘rachadinha’,
64 dos 286 funcionários tiveram sigilo quebrado a pedido do MP-RJ. “No fim do
ano passado, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou
‘movimentação atípica’ de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017, nas contas de
Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. O Coaf também identificou, em outro
relatório, depósitos fracionados, em dinheiro, em um período de um mês, que
somam cerca de R$ 96 mil na conta de Flávio.
No mês passado, o presidente do
Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu liminar, em resposta a um
pedido de Flávio, suspendendo investigações baseadas em compartilhamento de
dados do Coaf sem autorização judicial prévia”, diz O Globo.
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