Ou seja, 2019 não será apenas um ano perdido em virtude
da incapacidade administrativa do governo, mas também será de enorme prejuízo
ao Estado, à medida em que aumentará o buraco nas contas públicas em meio
bilhão de reais.
Numa comparação rasa entre o primeiro ano da gestão
Fátima com o último ano de Robinson, pode-se afirmar que o RN trocou seis por
meia dúzia. Permanece a mesma coisa. Vejamos: Robinson deixou um déficit de R$
2,3 bilhões, acumulados ao longo dos quatro anos de seu governo. Esse valor
dividido por quatro, dá pouco mais de R$ 500 milhões/ano, ou seja, praticamente
o mesmo déficit que o governo Fátima colocará em “restos a pagar” ao final
deste ano.
É a comprovação, em números, de que Fátima repete
Robinson. Sem tirar, nem pôr. Se Robinson tivesse renovado o mandato, o Estado
continuaria com três folhas de salários atrasados, como está hoje. A única
diferença é que Robinson pagaria o atrasado de 2018, na sequência cronológica
natural. Já Fátima fez opção de engavetar as três folhas salariais de 2018 para
priorizar os salários de 2019.
O que chama a atenção, e preocupa muito, é que o atual
governo está perdendo a oportunidade, e o tempo, de adotar as medidas
necessárias para reequilibrar as contas públicas. A governadora deveria ter
agido desde o primeiro dia de gestão, mas não o fez, num flagrante de que foi
eleita sem ter um planejamento para o Estado ou um programa de governo.
Fátima optou pelo feijão com arroz. Pagar salários de
2019 em 2019 e manter, se possível, a máquina pública funcionando. Os salários
de 2019 estão pagos, mas a máquina estava quase parando. Saúde, um caos;
segurança, outro caos; educação, castigada, com crueldade maior atingindo a
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que perdeu R$ 300 mil/mês
só de custeio, além da redução de R$ 22,5 milhões entre janeiro e agosto em
comparação ao mesmo período do ano passado.
O cenário para 2020 é ainda mais preocupante. Se não houver
o socorro do Governo Federal, via transferência de recursos, e o respaldo do
Tesouro Nacional para o Estado contrair empréstimos, o governo Fátima não terá
condições de, sequer, pagar os salários do “seu governo”. O próprio Aldemir
Freire deu a senha para esse risco ao afirmar que 2020 será tão difícil como
estará sendo 2019.
E pensar que a governadora Fátima, até aqui, está
priorizando a política partidária, viajando o Brasil com a bandeira “Lula
Livre" e esculhambando o presidente da República, como se fosse possível
tirar o RN do buraco sem a mão amiga do Governo Federal.
Pior para o povo potiguar, que pagará o preço. Caro, que
se diga.
Fonte: Cesar Santos.
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