Para o senador Dário Berger (MDB-SC), presidente da
Comissão de Educação (CE), é urgente a valorização da carreira de professor. Para o senador Flávio Arns
(Rede-PR), é necessário um pacto pela educação, com uma discussão profunda
sobre o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), cuja prorrogação é
alvo de duas propostas de emenda à Constituição em tramitação no Senado (PEC
33/2019 e PEC
65/2019).
Embora o Brasil gaste uma porcentagem acima da média de
seu PIB (Produto Interno Bruto) em educação, os gastos por aluno no ensino
fundamental e médio estão bem abaixo da média da OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econmico).
A informação consta no relatório Education at a Glance 2019, que
analisa a qualidade da educação dos países que integram a organização.
Segundo o documento, o investimento em educação no Brasil
corresponde a 4,2% do PIB brasileiro. O percentual investido é 1% maior que a
média dos países da OCDE.
No entanto, o investimento por aluno é muito inferior ao
dos outros países. Nas 3 modalidades de educação (ensino fundamental I, ensino
fundamental II e ensino médio e técnico), o Brasil investiu por aluno menos da
metade do que os outros países investiram.
Além disso, somente cerca de 33% dos estudantes que
ingressam no programa de bacharelado no Brasil se formam dentro da duração
teórica do programa, abaixo da média de 39% para os países com dados
disponíveis.
Aproximadamente 18% dos adultos (25-64 anos) no Brasil
chegam ao ensino superior. O percentual é semelhante ao do México, mas bem
abaixo de outros países da América Latina, como Argentina (36%), Chile (25%),
Colômbia (23%) e Costa Rica (23%).
Nos países da OCDE, a taxa média de realização do ensino
superior é de 39%, mais do que o dobro do Brasil. Na última década, no entanto,
houve 1 aumento considerável no ensino superior na geração mais jovem (25-34
anos), de 11% em 2008 para 21% em 2018.
Valorização de professores
O salário médio dos professores no Brasil é menor em
poder de compra do que na maioria dos países da OCDE e pelo menos 13% menor que
o salário médio dos trabalhadores com ensino superior no país.
A remuneração dos professores geralmente é responsável
pela maior parte da despesa por aluno. Os gastos relativamente baixos por aluno
no Brasil se refletem nos baixos salários dos professores.
O salário médio anual de professores no Brasil variam de
US $ 22.500 para docentes do ensino fundamental a US $ 23.900 para os do ensino
médio. Os valores estão bem abaixo da média da OCDE, que variam de US $ 36.200
no nível pré-primário a US $ 45.800 no secundário.
Os salários mais altos são classificados como uma
prioridade de gastos extremamente importante para quase 93% dos professores do
ensino médio no Brasil –a maior porcentagem de todos os países participantes da
Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem da OCDE (TALIS) e bem acima da
média da OCDE de 64%.
Fonte: I9treinamentos
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