“O Rio Grande não se qualificou para receber esse
benefício. Uma decisão lamentada. É indescritível uma situação como essa,
principalmente, vindo de um governo administrado por uma professora. O que o
Governo do Estado fez, foi retirar dos estudantes o direito de ter uma educação
de excelência e de muita qualidade”, disse Getúlio.
O deputado demonstrou indignação com a situação e comparou
o momento de luta para a vinda das escolas militares para o RN, com a luta que
foi travada há alguns anos para a chegada dos Institutos Federais para o
Estado. “É a mesma situação. Lembro da luta que encampei para a chegada do IFRN
em Pau dos Ferros e ver agora o governo estadual se negando a receber duas
escolas militares em nosso Estado, é lamentável. Se dependesse da minha vontade
não teríamos dois colégios militares e sim vários”, disse Getúlio.
Para o deputado José Dias (PSDB) o fato demonstra imaturidade
política por parte do governo estadual. “Quando perguntam por que o Ceará está
em uma situação fiscal melhor que a nossa, a resposta é por essas e outras
coisas. Lá no Ceará eles aceitam medidas que trazem real benefício para o
Estado. Aqui a governadora não quer uma escola militar por não ser uma ideia do
partido dela. A educação que eles entendem é a educação ideológica.”, lamentou
José Dias.
Diante dos expostos, a deputada Isolda Dantas (PT)
relacionou alguns pontos que teriam motivado o Governo do Estado a não aderir
ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Segundo a deputada, assim
como os estados de Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas,
Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santos, o Rio Grande do Norte não
aderiu a esse programa em virtude, principalmente, deste modelo ferir a Lei de
Diretrizes Básicas da Educação.
Deputada Isolda Dantas se
colocou contra investimentos na escola cívico-militar
“O projeto não teve tempo hábil para ser tratado com quem
entende de educação. Foi imposto pelo governo federal, sem considerar a
proposta, a base educacional e foi por isso que o RN não aderiu a esse
programa. A escola é um espaço de ideologia. A educação tem que ter liberdade
de expressão e esse modelo fere esse princípio”, denunciou Isolda.
Ainda sobre o tema, o deputado Coronel Azevedo sugeriu ao
telespectador que não se deixe enganar pelas repetidas mentiras propagadas e
disse:“estão contando mentiras. Leiam o programa de fomento que rege as escolas
militares. Outra falácia é que quem indica a escola é o governo federal.
Mentira. As escolas são escolhidas pelo governo estadual”, informou.
Coronel Azevedo destacou ainda que o modelo das escolas
militares, proposto pelo governo federal é exitoso no estado de Goiás, onde já
existem mais de 60 unidades. “Onde existe modelo militar reduziu-se a
repetência e aumentou-se a nota do IDEB. Como um modelo desses não pode ser
sucesso no Rio Grande do Norte?”, questionou Coronel Azevedo.
Lançado no dia 5 de setembro, o programa estipulou o
prazo de respostas das Unidades da Federação até sexta-feira (27) passada. Caso
quisesse participar do projeto, o Estado teria que indicar duas escolas ao MEC.
No entanto, a Secretaria de Educação considerou o tempo curto.
Fonte: ALRN
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