A decisão foi tomada nesta terça-feira, numa reunião
organizada pela Conmebol que durou cerca de cinco horas, da qual participaram
os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do River Plate, Rodolfo
D'Onofrio. Também estavam no encontro os presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e
da AFA, Claudio Tapia.
A capacidade para 80 mil pessoas do Estadio Monumental
pesou na escolha. A diferença do horário é de apenas 30 minutos mais cedo se
comparado com o que estava definido para Santiago, o que a Conmebol vê como
benéfico já que seria um horário interessante para passar na Europa.
O jogo estava inicialmente previsto para o Estádio
Nacional, em Santiago, onde cabem 50 mil pessoas. Mas os protestos que abalam o
Chile há mais de três semanas tornaram impossível a manutenção do plano
original.
Em conjunto, a confederação continental e os clubes não
quiseram correr os riscos de manter o jogo na capital chilena – e nem expor
torcedores e patrocinadores a situações de perigo.
Também pesou o fato de o futebol chileno estar paralisado
há mais de três semanas, quando começaram os protestos. Na véspera da reunião
na Conmebol, o prefeito de Santiago, Felipe Guevara, declarou que não faria
sentido organizar uma partida internacional antes da retomada do futebol local.
A postura da Conmebol sobre a situação do Chile foi
mudando ao longo das últimas semanas. Quando os protestos começaram, a
confederação avaliou – com base nas informações que recebia do governo chileno
– que tudo se acalmaria até a decisão da Libertadores.
Na semana passada, com o cancelamento da COP-25
(Conferência do Clima) e da APEC (Cúpula da Aliança Ásia-Pacífico), o sinal
amarelo acendeu na Conmebol. Ainda assim, depois de novas conversas com as
autoridades do Chile, decidiram manter o jogo em Santiago. A ministra do
Esporte chilena, Cecília Perez, chegou a bancar a realização do jogo em uma
entrevista coletiva.
Nesta semana, a temperatura subiu e não restou opção a
não ser tirar o jogo do Chile. Na tarde de segunda-feira, uma reunião por
telefone entre os presidentes da Conmebol, CBF e AFA, ficou claro que não
haveria condições para manter a partida em Santiago. Ainda faltava ouvir a
posição dos clubes. Por isso Landim e D'Onofrio foram convocados para a reunião
desta terça em Luque, quando o martelo foi batido.
Fonte: Globoesporte.com
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