De acordo com o professor Cristiano Prestrelo, do
departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), o aumento na média das temperaturas máximas é uma tendência que vem
sendo observada em todo Nordeste.
“Temos observado essas variações não apenas em termos de
ano, como mês a mês. Ter anos subsequentes cada vez mais quentes em relação a
médias climatológicas anteriores vem sendo uma constante”, explica o professor,
especialista em variabilidade climática.
Em um estudo publicado no dia 18 de novembro pelo Centro
Nacional de Informações Climáticas dos Estados Unidos (NOAA Global), os
pesquisadores constataram que a média de temperatura da terra e da superfície
dos oceanos foi a mais alta registrada para o mês de outubro desde o ano de
1880.
Até aquele mês, a temperatura do ano de 2019 bateu o
recorde como a segunda mais quente na história. A maior parte do Brasil,
incluindo a região Nordeste, está em uma das áreas do estudo que aponta
temperaturas “muito mais quentes do que a média”.
De acordo com o professor, o aumento da temperatura média
do planeta, na prática, significa no aumento dos “extremos” tanto em regiões
quentes, como em regiões frias. “Para o Nordeste, por exemplo, nós podemos
começar a observar o aumento dos períodos de seca, que são fenômenos extremos”,
explica o professor.
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