Além disso, o Governo do Estado determinou reforço
policial para “proteger” a Assembleia Legislativa, que amanheceu o dia tomado
de policiais militares e de uma “cerca” de isolamento para impedir a entrada de
manifestantes.
A cena lembra janeiro de 2018, quando as entidades
sindicais chegaram à Assembleia Legislativa para protestar contra a mensagem do
então governador Robinson Faria (PSD), que aumentava de 11% para 14% a alíquota
da previdência estadual. Naquele momento, como senadora de oposição, Fátima
Bezerra foi solidário aos servidores que foram impedidos de ter ao Palácio José
Augusto.
Hoje, as entidades sindicais criticam Fátima por repetir
a atitude de Robinson contra o movimento dos servidores.
A estratégia da governadora revela um lado que Fátima
Bezerra ainda não havia exposto: o de criminalizar o movimento sindical. No
momento em que ela cancela o compromisso oficial na Assembleia Legislativa e
autoriza a polícia a fazer barreira para impedir o livre trânsito dos
servidores, coloca-se contra a história de sindicalista e defensores dos
trabalhadores, e mostra que está decidida a enfrentar os ex-companheiros.
Além disso, a “fuga” da governadora deu discurso à
oposição, que está batendo duro. O deputado Kelps Lima lembra que o PT sempre disse que a reforma da
Previdência era um “demônio” e que agora propõe a mesma reforma aos servidores
estaduais.
PERSEGUIÇÃO
O clima tornou-se ainda mais quente no início da manhã
com declarações da presidente do Sindicato dos Servidores da Administração
Direta (SINSP-RN), Janeayre Souto, sobre a forma como o governo Fátima vem
tratando os trabalhadores. E mais: em nome publicada nas redes sociais, a
dirigente denuncia que está sofrendo ameaças, não revelando, porém, onde tem
partido as ameaças.
(VEJA NOTA ABAIXO)
Janeayre e o Sinsp-RN têm sido a voz mais forte da luta
dos servidores, ocupando o espaço que antes era do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação (SINTE-RN). Como o Sinte decidiu ser governo, ocupando cargos
comissionados na máquina pública, coube ao Sinsp-RN segurar a bandeira de luta
dos servidores.
A proposta de reforma da Previdência do Governo do Estado
é mais “dura” do que a reforma da Previdência da União, aprovada no Congresso
Nacional em 2019. O aumento da alíquota que vai até 18,5% e a taxação de
aposentados e pensionistas que atualmente são isentos, recebem
forte resistência. (Confira aqui os pontos da reforma).
Fonte: Cesar Santos.
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