Segundo o Samu Natal, das 13 viaturas que atendem a
capital potiguar, dez estavam paradas no hospital. As nove para casos
considerados de atendimento básico e uma do atendimento avançado, direcionada
para acidentes mais graves, aguardavam liberação no hospital.
Já o Samu Metropolitano, responsável pelo serviço de
atendimento no restante do estado, confirmou que oito viaturas que atendem o
Rio Grande do Norte aguardavam pela liberação das macas no Walfredo Gurgel. De
acordo com a coordenação do Samu Metropolitano, algumas viaturas que vieram de
cidades do interior foram liberadas após receberem macas reservas, para que não
deixem os municípios desassistidos.
Fátima Pereira, diretora do Hospital Walfredo Gurgel,
reconheceu a superlotação da unidade e disse desconhecer o motivo. "Não
houve nenhuma catástrofe que causasse essa superlotação. Infelizmente, o
hospital está um caos", lamentou.
Segundo Fátima, nesta segunda-feira houve um excedente de 87
pacientes no Walfredo Gurgel. Ainda de acordo com a diretora, o hospital já
costuma trabalhar normalmente com, pelo menos, 40 pessoas internadas nos
corredores da unidade. "Eu não sei o que fazer em uma situação dessas. Em
dois dias, 92 ambulâncias que vieram de todo o estado trouxeram pacientes. Eles
ficam internados em macas e o Samu se prejudica com isso", explicou.
Efeito dominó
Um socorrista do Samu Natal que não quis se identificar
explicou que a falta de leitos no hospital causa um efeito dominó. "Depois
do atendimento na rua, o paciente vem e tem que fazer exames de imagens. Ele
fica na maca da ambulância e o serviço fica parado temporariamente",
explicou.
Segundo o socorrista, as ambulâncias paradas prejudicam o
socorro em toda a cidade. "Se precisar de urgência, tem que ver com a
central do Samu a disponibilidade. A depender da localidade, o tempo de
resposta fica prejudicado", disse.
Pacientes chegaram a relatar que estavam internados nos
corredores do local há 10 dias. Um paciente que não se identificou disse que
sofreu um acidente de moto e está há oito dias em uma maca no corredor do
Walfredo Gurgel.
Fonte: G1/RN.
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