A visita de Bolsonaro a diferentes pontos de Brasília
causou aglomeração de pessoas, no momento em que a OMS (Organização Mundial da
Saúde) recomenda isolamento para evitar o contágio do novo coronavírus, que já
causou 114 mortes no Brasil.
O giro do presidente ocorreu um dia após o ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ter reforçado a importância do
distanciamento social à população nesta etapa da pandemia do coronavírus.
“Todo o comércio está falando: eu quero abrir, eu quero
abrir, eu quero abrir. Calma. Nós vamos ter que fazer isso com uma regrinha
para vocês saberem”, disse o ministro sobre o isolamento.
Mandetta criticou, por exemplo, as carreatas,
impulsionadas por discurso do próprio presidente, que pedem a retomada da
rotina em alguns estados — em São Paulo, uma delas passou pelo centro da cidade
na manhã deste domingo, sendo recebida com panelaços em alguns prédios e gritos
de "Fora, Bolsonaro".
Neste domingo, o comboio presidencial passou por lojas na
Asa Norte, no Sudoeste e em Ceilândia. Bolsonaro falou com funcionários de um
posto de combustível, de uma farmácia, de um mercado e com vendedores.
Depois, passou pelo HFA e, em seguida, dirigiu-se a
Ceilândia, cidade satélite de Brasília. Lá, Bolsonaro conversou com um assador
de churrasco em espetinhos e defendeu sua visão de o comércio ficar aberto.
“Eu defendo que você trabalhe. Lógico, quem é de idade
fica em casa. Às vezes, o remédio demais vira veneno", afirmou o presidente.
O presidente foi diversas vezes questionado sobre o
motivo da visita ao HFA, mas preferiu não responder. Bolsonaro também evitou
cumprimentar pessoas com apertos de mão.
Fonte: Folha de S. Paulo
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