É preciso manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e
à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor
de Deus, que nos “deu o Seu Filho único para que quem nele crer não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser
suspensas, os prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados.
A sexta-feira da Paixão é considerada uma data móvel, ou
seja, não possui um dia específico para ser comemorado anualmente. Por regra,
deve ser celebrada na sexta-feira que precede o domingo de Páscoa.
A meditação da Paixão do Senhor deve nos mostrar o quanto
é hediondo o pecado. É contemplando o Senhor na Cruz, destruído, flagelado,
coroado de espinhos, abandonado, caluniado, agonizante até a morte, que
entendemos quão terrível é o pecado. Não é sem razão que o Catecismo diz que pecado é “a
pior realidade para o mundo, para o pecador e para a Igreja”. É por isso que
Cristo veio a este mundo para ser imolado como o “Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (Jo 1,29). Só Ele poderia oferecer à Justiça Divina uma
oblação de valor infinito, que reparasse todos os pecados de todos os homens de
todos os tempos e lugares.
De acordo com a tradição, para se definir o dia em que é
celebrada a sexta-feira santa, considera-se a primeira sexta-feira de lua cheia
após o equinócio de primavera (no Hemisfério Norte) ou equinócio de outono (no
Hemisfério Sul). Neste caso, a sexta-feira da Paixão pode ocorrer entre os dias
22 de março e 25 de abril.
Após a definição da data da sexta-feira santa, outras
comemorações são estabelecidas, como o domingo de Páscoa, a quarta-feira de
Cinzas (primeiro dia da Quaresma) e o Carnaval.
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