De imediato, provocou a reação de indignação dos
prefeitos. É que o volume de recursos propagado pela governadora já pertencia
aos municípios e que o governo não repassava desde o ano passado.
Coube a prefeita Ludmilla Amorim (MDB), do município de
Rafael Godeiro, na região do Médio/Alto Oeste, estabelecer a verdade em
postagem nas redes sociais endereçada a Fátima Bezerra.
Leia a íntegra:
“Boa noite, governadora. A sua nota está cheia de
inverdades: os recursos de R$ 17 milhões do PETERN são dos municípios que
deveriam ter sido repassados em 2019, estão em resto a pagar e até hoje não
foram pagos. Já estamos em 22/04/2020 e não foi concluído o pagamento do PETERN
de 2019. Esses recursos não podem ser usados no combate ao coronavírus já que
se tratam de recursos específicos do transporte escolar. Os R$ 4,8 milhões são
emendas dos deputados estaduais, o governo está somente cumprindo a obrigação
de pagar. E os R$ 3,6 milhões de assistência social são do Governo Federal, o
estado irá repassar aos municípios. No meu município Rafael Gadeiro recebemos
R$ 2.987,00. O governo estaria, sim, ajudando os municípios se estivesse
pagando a FARMÁCIA BÁSICA, que está atrasada todos os meses de 2019 e mais os
quatro meses de 2020. Estaria ajudando os municípios se estivesse cumprindo o
acordo do ICMS/Proedi. Temos as diferenças do ano de 2019 e os meses de
fevereiro e março de 2020. Então, vamos ser verdadeiros nas notícias, pois a
população norte-riograndense merece saber da verdade.”
Pois bem.
A queixa dos prefeitos não é de hoje. A governadora
Fátima tem castigado os municípios porque não faz o repasse de recursos
obrigatórios como são os casos do transporte escolar, Farmácia Básica e a
compensação do novo Proedi, acordado, inclusive, com negociação via Assembleia
Legislativa.
O curioso é que Fátima Bezerra foi eleita com votação
expressiva em quase todos os municípios, com apoio dos prefeitos. Esperava-se
que ela fizesse um governo voltado para os municípios, que é onde os problemas
existem e exigem solução dos gestores. Mas, não é isso que acontece.
Há um
divórcio entre o governo e município, com prejuízos enormes à população
interiorana.
Fonte: Jornal de Fato.
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