O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta
quarta-feira, 10, que “não é exagero” dobrar o fundo eleitoral e fazer o
seu valor chegar a até 3,7 bilhões de reais para financiar as campanhas
municipais de 2020. A previsão de aumento está no parecer do deputado Cacá Leão
(PP-BA), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. O acréscimo
de R$ 2 bilhões ao valor atual do fundo teria como origem recursos públicos do
Orçamento da União.
“Não acho que é exagero. Acho que uma eleição municipal,
com 5 mil municípios com milhares de candidatos a vereador, é uma campanha que vai
requerer um custo um pouco maior que a eleição do regime geral”, disse Maia a
jornalistas, ao deixar almoço com parlamentares do PRB na Câmara.
“Olha, está se gastando o mínimo possível em relação ao
que se gastava. O pior é a gente não ter uma eleição que seja transparente e dê
condições para que os partidos possam levar os seus candidatos aos eleitores. A
democracia não pode tratar de uma forma menor a importância da campanha”,
completou Maia.
Maia observou que, na sua opinião, o financiamento
privado deveria voltar, com a imposição de restrições. “O ideal é o
financiamento privado, limitado, sem poder concentrar uma empresa num candidato
apenas, com algumas limitações para que a relação entre o deputado e o
financiador não seja de dependência. Não há uma decisão ainda (sobre uma
possível volta do financiamento privado), e o que sobra é o financiamento
público”, avaliou Maia.
0 comentários:
Postar um comentário