Duas grandes bancadas – DEM e MDB – resolveram deixar o
bloco de partidos que integra o chamado Centrão. Comandado pelo deputado Arthur
Lira (PP-AL), o bloco aglutinava PL, PP, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB,
Pros e Avante. Com o movimento, o bloco perde 28 deputados do partido do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e 35 emedebistas e encolhe de 221
deputados para 158.
Desde o início do governo, DEM e MDB já vinham se
colocando como independentes e, apesar de já terem emplacado ministros na
Esplanada dos Ministérios, sempre rechaçaram a tese de que integração da base
do governo.
Questionado se a saída demonstra insatisfação com o
governo, o líder do DEM, deputado Efraim Filho (PB), disse que é uma busca por
autonomia quanto às posições do blocão. O descolamento vai permitir
posicionamento mais independente dos dois partidos.“Foi questão regimental
mesmo, posicionamento de bancada quanto a requerimentos, urgências,
destaques, reposicionar a autonomia da bancada”, disse ele ao Congresso em
Foco.
No MDB, o discurso é de que o partido já atuava de forma
independente e que a configuração só funcionava para a Comissão Mista de
Orçamento (CMO). A união das siglas permitia aos integrantes do bloco ter mais
assentos no colegiado que define o orçamento federal e a destinação de emendas
parlamentares.
O desligamento oficial dos dois partidos ainda não tem
data prevista para ocorrer. O líder do bloco, Arthur Lira, comentou o assunto
no Twitter. Segundo ele, o bloco foi formado para votar o orçamento e é natural
que se desfaça. “Ele deveria ter sido desfeito em março, o que não aconteceu
por conta da pandemia”, disse.
Fonte: Congresso em Foco.
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